Dos seixos que te ofereço
Em sonhos ou quimeras insanas,
O mais precioso dos sentires
Na vida se que dá ao Universo
Lapidando o teu diamante.
Delicia viaja-me na boca
Como favo de mel,
Saboreado pelo teu ventre
Desnuda a tua lapa,
E provo o sabor da tua fruta
O corpo dourado, banhado.
Que da pele pingando mel
Perfuma e transcende em sensação
Entornado, o adocicado.
Sentido em fogo ardente
Com a mão bailo sobre teu ventre,
Tempero de corpo amado
Com os lábios eu desejo
A fruta doce pecado da paixão
seuanjodasnoites
Quero-te Apenas Porque a Ti Eu Quero
Não te quero senão porque te quero
e de querer-te a não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero passa meu coração do frio ao fogo.
Quero-te apenas porque a ti eu quero,
a ti odeio sem fim e, odiando-te, te suplico,
e a medida do meu amor viajante é não ver-te e amar-te como um cego.
Consumirá talvez a luz de Janeiro, o seu raio cruel,
meu coração inteiro, roubando-me a chave do sossego.
Nesta história apenas eu morro e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.
Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"
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